terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O papel do educador na contemporaneidade frente aos discursos midiáticos

É notório, que a mídia exerce uma grande poder nas pessoas, sejam elas crianças, adolescentes, adultos, ela está presente nas nossas vidas interferindo, influenciando as nossas atitudes , ações e decisões, é o seu papel. Somos bombardeados o tempo todo com apelos midiáticos de todas as formas, alguns sutilmente e outros imoralmente. Mas o que fazer? Temos forças suficientes para resistir a tantos apelos ...
A sociedade contemporânea registra a importancia crescente dos meios de comunicação de massa na atribuição de sentidos aos discursos que influenciam na constituição de saberes/fazeres do cotidiano cultural. O que nós professores, formadores de opinião, poderemos fazer, frente a discussão das propagandas na educação dos nossos alunos ?
O professor precisa tomar consciência do grande poder de influencia que a mídia exerce sobre as crianças, adolescentes e jovens, porque muitas vezes a propria escola e as pessoas que nelas trabalham podem proposital ou despropositalmente levar a propaganda para a sala de aula, ou seja para os alunos, e ai é importante que o professor esteja atento, fazer com eles uma reflexão , apontando os prós e os contras das midias. E nesse processo, segundo Lèvy , na aprendizagem cooperativa tanto professores como alunos compartilham as informações que dispõe. No ato da troca de informações, a função do educador é de incentivo à inteligência coletiva, orientando e acompanhando o desenvolvimento do educando durante o processo educativo.
A publicidade não vende apenas produtos e serviços, já dizia profª Elizabete Dantas, vende valores também , valores que muitas vezes são contrários a ética social que sugere, para ser é preciso ter, e não deve ser esse o discurso da escola.
Nesse momento a escola enquanto um local de construção de valores deve assumir uma postura como a colocada em Escola Aprendente, onde a profª Bonilla traz uma importante reflexão critica a respeito da sociedade contemporânea. A escola que aprende e enfrenta os novos desafios, frente às novas formas de aprender, através das diversas possibilidades de aprendizagens das tecnologias da comunicação e informação, onde essas tecnologias sejam adotadas enquanto elementos estruturantes de uma nova forma de pensar entre todos os elementos envolvidos no processo ensino aprendizado.
A televisão está quase que 100% presente nos lares brasileiros, sendo ela uma das formas mais fortes de influência , pois , as crianças , principalmente ficam uma boa parte de seu tempo frente delas. As imagens fantásticas que aparecem por trás das telas permeiam todo o universo infantil, A Profª Elizabeth Dantas em seu discurso pontua que nesse sentido a mídia televisiva explora o cotidiano infantil de milhares de crianças brasileiras, expostas em frente à tela durante um longo tempo sem agir e interagir o que do ponto de vista da psicologia genética significaria que elas não aprendem.
Cada vez mais as crianças e adolescentes tem acesso às novas tecnologias, fazendo uso constante e aí são muitos os riscos que alguns recursos tecnológicos oferecem aos nossos filhos, através de propagandas, quando eles acessam determinados links, muitas vezes colocando sua segurança em perigo.
Fazendo uma analise das conseqüências das novas tecnologias das mídias para as crianças, Don Tapscott em seu livro A Hora da Geração Digital, enxerga a TV como antítese da internet, sendo a 1ª passiva, enquanto a internet parece ser mais ativa, democrática, interativa. Este autor mostra-se um determinista tecnológico assumido ao argumentar que a tecnologia digital garante mudanças estruturais nos jovens e crianças e ao argumentar que o computador desenvolve uma nova autenticidade humana caracterizada por independência de pensamento, confiança em si e nos outros, honestidade, partilha e um saudável ceticismo perante as autoridades. Mas, esta nova era prevista por Tapscott parece representar também a apoteose do consumismo numa era garantida pela propaganda, sob medida, por força de trabalho flexível e pela busca incansável de lucros através da inovação.
Assim, o papel do educador na contemporaneidade deve buscar uma integração como destaca o Prof. Pretto, entre a comunicação e a educação, fazendo com que esses novos recursos dê um resignificado ao fazer pedagogico e que todos os elementos do ciberespaço colabore e canalize, tornando acessível o conhecimento elaborado pela propria sociedade.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

ÉTICA HACKER

Os hackers são aqueles que desenvolvem seus trabalhos com entusiasmo, respeito, colaboração, com intuito de atender a coletividade, objetivando a melhoria do mundo, diferente daqueles que invadem sistemas, roubam informações ou realizam ações fraudulentas, denominados de crackers. Os hackers obedecem principios éticos, tendo como ponto principal, a paixão pelo que faz, o trabalho solidário e colaborativo com elementos socialmente necessarios para a construção de um mundo melhor, segundo Nelson Pretto, que ainda diz que a cultura hacker deve ser pensada como um novo campo de luta ela socialização dos bens culturais e cientificos a partir do resgate do trabalho colaborativo e apaixonado, do incentivo à circulação plena de ideias e descobertas, do livre acesso ao conhecimento e a intensificação da criação.




DIMENSÃO ESTRUTURANTE DAS TECNOLOGIAS

A dimensão estuturante das tecnologias, trata-se de um novo olhar, possibilidades de transformar a educação.
A todo momento, surgem novos instrumentos, recursos tecnologicos, que fascinam crianças, jovens e adultos, mudando as relações interpessoais.
Daí penso que a educação deve se apropiar desses novos recursos tão atraentes para os jovens  e mudar o relacionamento entre escola/alunos, tornando essa escola tão atraente aos seus olhares como eles vêem o mundo fora dela. Assim a dimensão estruturante das tecnologias estar em utilizar todo o potencial das tecnologias, atraves de novas praticas pedagogicas, ampliando para os alunos o seu repertorio.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010


RESENHA CRITICA 
                 ESCOLA  Aprendente: para além da sociedade da informação

Identificação da Obra
Bonilla, Maria Helena Silveira. Escola Aprendente: para além da sociedade da informação- Rio de Janeiro,  Ed. Quartet, 2005. 224p.
Credenciais de autoria
Maria Helena Silveira Bonilla, brasileira, licenciada em matemática, mestre em educação nas ciências pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul , doutora em educação pela Universidade Federal da Bahia(UFBA), com pós  doutorado pela  Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é professora adjunto da Faculdade de Educação da UFBA, com experiencia na área de educação e tecnologias da informação e comunicação, atuando principalmente nos seguinte temas:  formação de professores, inclusão digital, softwares livre e politicas publicas. Ainda é autora de:  A Internet vai à escola e Semeando outras terras.
Apresentação da Obra
Escola Aprendente: para além da sociedade da informação , é uma obra que traz uma importante reflexão critica a respeito da sociedade contemporânea, a escola que aprende e enfrenta os novos desafios, frente às novas formas de aprender, através das diversas possibilidades de aprendizagens das tecnologias da comunicação e informação. O livro é resultado da analise asseando entre Brasil e Portugal, onde a autora desenvolveu suas pesquisas durante o seu doutorado em educação, entre os anos de 1999 e 2002. A partir daí, o livro nos coloca a possibilidade de construção de uma Escola Aprendente, onde as tecnologias de informação e comunicação sejam adotadas enquanto elementos estruturantes de uma nova forma de pensar entre tos os elementos envolvidos no processo ensino aprendizado.
Descrição da estrutura da obra
O livro é composto de 224 paginas, organizado em quatro partes, dentre elas, alguns capitulos .
Descrição do conteúdo e analise critica da obra
Os primeiros capitulos analisam a informação e o conhecimento da sociedade contemporanea, abrindo caminho para a discussão da educação; além disso, a sociedade da informação, sua origem, conceitos de alguns autores, programas sociedade da informação vista numa perspectiva Brasil/Portugal e a sociedade do conhecimento, que muitas vezes é confundida com a sociedade da informação, mas, que a autora distingue muito bem.
Na segunda parte, os capitulos falam sobre os desafios da escola aprendente, a escola que necessita aprofundar a visão que tem sobre as tecnologias, seu proprio papel enquanto agente educativo articulado em redes, ainda descreve quem são os jovens contemporaneos, o que eles querem, como se comportam socialmente, como eles vêem a escola e o que eles querem do futuro.
No capitulo VII, constituindo rede na escola, vemos que é possivel a reflexão, produção do conhecimento em conjunto, bem como a interação com as tecnologias, e por último, sabemos que as dificuldades são muitas, a muito o que fazer, mais nada que seja impossível de realizar.

Recomendação da obra
Escola Aprendente é recomendado para os educadores, alunos e seus familiares que estão inseridos no contexto escolar, assim como aqueles que tem interesse no assunto.
Maria Margarete dos Santos Freitas, aluna do Curso de Especialização em Tecnologias e Novas Educações da Faculdade de Educação da UFBA.